Portugal opôs-se à inclusão do direito dos palestinianos a comer em declaração da CPLP
Portugal opôs-se à inclusão do direito dos palestinianos a comer em declaração da CPLP
Portugal opôs-se à inclusão do direito dos palestinianos a comer em declaração da CPLP
Delegação portuguesa no Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional manteve-se “vigilante” para evitar afirmações políticas na Declaração de Bissau. Cimeira perde peso sem Marcelo, Lula e Lourenço.
Portugal opôs-se à inclusão do direito dos palestinianos a comer em declaração da CPLP
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, com o embaixador de Portugal, Miguel Cruz Silvestre, que chefiou a delegação portuguesa que negociou a Declaração de Bissau MANUEL DE ALMEIDA / LUSA
Três partidos da esquerda parlamentar enviaram esta sexta-feira questões ao Governo sobre a oposição portuguesa à inclusão, na declaração final da cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), de uma referência ao direito à alimentação do povo palestiniano na Faixa de Gaza, notícia avançada pelo jornal Público. PCP, Livre e Bloco de Esquerda pedem explicações ao ministro dos Negócios Estrangeiros sobre a posição assumida por Portugal.
Na pergunta enviada pela líder parlamentar Paula Santos, o PCP quer informações sobre o “incompreensível e injustificável posicionamento de Portugal na reunião do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP, de travar e impedir qualquer referência na Declaração final à tragédia da fome em Gaza”.
Os comunistas consideram que a “referência à insegurança alimentar da população palestiniana na Faixa de Gaza, desde logo das suas crianças” é “incontornável no contexto atual, de genocídio do povo palestiniano”, e era “particularmente relevante” na reunião do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional da CPLP, onde se debatia a “soberania alimentar” e o “acesso à alimentação como um direito humano”.
O Livre juntou-se ao PCP, afirmando que “é difícil compreender a posição de princípio adotada por Portugal”, já que “as restrições à distribuição de e ao acesso a assistência humanitária em Gaza têm sido utilizadas como verdadeira táctica de guerra, em violação evidente do direito internacional”.
Assim, de acordo com o Público, o Livre questiona Paulo Rangel sobre “os fundamentos da objeção do Governo de Portugal à inclusão de uma referência à situação de insegurança alimentar em Gaza na declaração” da cimeira da CPLP.
O Bloco de Esquerda, por sua vez, além de questionar a razão por detrás da oposição da delegação portuguesa, quer saber se o Governo deu orientações “nesse sentido” e “com que fundamento”, e pede “medidas” do Governo para “reverter” a situação.
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